Mundo precisa fazer a transição energética para uma economia de baixo carbono, alertam especialistas
Especialistas afirmam que o mundo deve fazer a transição energética para uma economia de baixo carbono a fim de evitar desastres climáticos decorrentes do aquecimento global. O ano passado foi confirmado como o mais quente registrado no planeta, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, e provavelmente o mais quente dos últimos 100 mil anos.
Ano mais quente registrado no Brasil
No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anunciou que 2023 foi o ano mais quente da série histórica. A média das temperaturas ficou em 24,92ºC, 0,69°C acima da média histórica de 1991/2020, que é 24,23°C.
Transição energética e ações urgentes
Para Claudio Angelo, coordenador de Comunicação e Política Climática do Observatório do Clima, é necessário que haja um plano de ação imediato para a transição energética, começando com os países ricos abandonando os combustíveis fósseis e, em seguida, os países em desenvolvimento.
“Do ponto de vista de mitigação, o mundo inteiro, mas principalmente os grandes produtores de petróleo, isso inclui o Brasil, precisa seguir o que foi definido em Dubai [COP-28] de fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis. O declínio das emissões globais precisa ser radical, mais drástico do que qualquer coisa que a gente tenha visto na história da humanidade.”
Segundo Angelo, é necessário cortar radicalmente as emissões de gases do efeito estufa para evitar ultrapassar o limite de aquecimento global de 1,5ºC. Caso contrário, haverá graves consequências, como mais mortes e prejuízos materiais. O Brasil, uma região especialmente vulnerável, precisa fazer um plano de adaptação para proteger sua população dos eventos meteorológicos extremos.
“Aumenta a urgência do Brasil fazer um plano de adaptação para alertar a população cada vez mais precocemente sobre eventos meteorológicos extremos. O Brasil precisa tirar as pessoas das áreas de risco.”
Mudança radical na forma de produzir e consumir
Para Branca Americano, especialista sênior do Instituto Talanoa, os países e as empresas precisam cortar o mal pela raiz, pois a queima de combustíveis fósseis é a principal causa do efeito estufa. No Brasil, a principal fonte de gases do efeito estufa é o desmatamento e, portanto, a prioridade é acabar com o desmatamento e adotar uma agricultura de baixo carbono. Além disso, é preciso enfrentar os eventos climáticos extremos através da adaptação e planejamento para lidar com inundações e secas.
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