Alcoolismo feminino em alta: impactos e desafios no Brasil – Sly

Alcoolismo feminino em alta: impactos e desafios no Brasil


Alcoolismo feminino em alta no Brasil: crescimento durante a pandemia preocupa especialistas pela disparidade de impacto e necessidade de suporte terapêutico.

O alcoolismo feminino está em crescimento preocupante no Brasil

A informação de que o alcoolismo feminino vem crescendo no Brasil há anos e se intensificou durante a pandemia. Segundo o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid), até 2030 o número de mulheres dependentes do álcool será igual ao dos homens.

Por que o aumento do alcoolismo entre as mulheres é importante?

O advogado Paulo Leme Filho destaca que o ambiente mais igualitário contribuiu para a visibilidade desse problema. Ele ressalta que as mulheres enfrentam o vício de forma diferente devido às suas características biológicas, sofrendo discriminação e problemas de saúde agravados. Leme Filho enfatiza a importância de abordagens terapêuticas e suporte emocional para lidar com a dependência.

Como o alcoolismo afeta as mulheres de forma diferenciada?

  • Metabolização do álcool mais lenta;
  • Riscos de doenças cardíacas, cirrose e danos cerebrais acentuados;
  • Maior propensão a transtornos mentais e tentativas de suicídio;
  • Risco elevado de desenvolver câncer de mama, osteoporose e outras doenças associadas;
  • Prevalência de problemas de saúde mental entre as alcoolistas.

Por que é importante focar na conscientização e prevenção do alcoolismo feminino?

O médico Dráuzio Varella explica que as mulheres sofrem efeitos mais severos do alcoolismo devido à metabolização do álcool em seus corpos. As mulheres alcoolistas têm maior risco de desenvolver doenças hepáticas, hipertensão, derrame cerebral e outros problemas de saúde graves.

Dados preocupantes sobre o consumo de álcool entre as mulheres

Dados do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz revelam um aumento alarmante no consumo de álcool entre mulheres de diferentes faixas etárias. A pesquisa aponta que o índice de mulheres que consomem álcool em excesso cresceu, especialmente entre as jovens.

Antes, os homens apresentavam sete vezes mais casos de uso abusivo de álcool em relação às mulheres. Atualmente, essa discrepância diminuiu, com uma em cada quatro mulheres fazendo uso excessivo de álcool, e 2% desenvolvendo algum grau de dependência.

* Paulo Leme Filho, 52 anos, é advogado (USP), com MBA em Gestão da Saúde (FGV-SP). Escreveu o primeiro livro com o pai, Paulo de Abreu Leme, em 2015. “A Doença do Alcoolismo”.

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