Mais de 130 agentes prisionais são mantidos reféns em várias prisões do Equador
Mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários foram mantidos como reféns por detentos em pelo menos cinco prisões do Equador nesta quarta-feira (10). A violência é uma reação ao plano do presidente Daniel Noboa de construir uma nova prisão de alta segurança para os líderes de gangues de tráfico de drogas.
A agência prisional SNAI informou que 125 dos reféns são guardas, enquanto 14 são funcionários administrativos. Onze pessoas foram libertadas na terça-feira. A polícia nacional e as Forças Armadas estão trabalhando para salvaguardar a integridade dos funcionários do serviço de segurança prisional que estão detidos.
Quatro policiais também são mantidos reféns, sendo que três oficiais foram libertados no final da terça-feira. Além disso, houve 70 prisões desde segunda-feira em resposta a incidentes de violência, incluindo a tomada da estação de TV TC Televisión, em Guayaquil, onde traficantes armados fizeram jornalistas e funcionários reféns durante uma transmissão de um jornal.
Escalada de violência no Equador
O Equador está vivendo um momento tenso, com uma escalada nos atos violentos praticados por narcotraficantes. O presidente Noboa declarou estado de exceção e afirmou que o país vive uma situação de conflito armado interno.
As forças militares têm autorização para intervir contra as facções criminosas, que agora são consideradas organizações terroristas, além de poderem executar operações para neutralizar as atividades, respeitando os direitos humanos. Um toque de recolher foi instaurado entre 23h e 5h do horário local, como parte das medidas de segurança.
A tensão aumentou quando o líder da facção “Los Choneros”, Adolfo Macias, conhecido como “Fito”, escapou da prisão na segunda-feira (8). Em seguida, outro criminoso de alta periculosidade, Fabricio Colón Pico, um dos líderes do grupo de narcotráfico “Los Lobos”, também conseguiu fugir. Ele havia sido preso na última sexta-feira (5) pelo crime de sequestro e pelo suposto planejamento de assassinato da procuradora-geral do Equador.
A situação é preocupante e requer ação imediata das autoridades para restaurar a ordem e garantir a segurança do sistema prisional do país.
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