O superendividamento do servidor público brasileiro: um fenômeno alarmante
O que aconteceu?
O endividamento é uma realidade que afeta milhões de famílias brasileiras, mas quando se trata do servidor público, o cenário se torna ainda mais alarmante. De acordo com o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), 70% dos servidores públicos ativos no Brasil estão endividados.
Onde aconteceu?
Essa realidade é preocupante quando comparada aos 58% das famílias brasileiras no geral que possuem dívidas, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar de ganharem mais do que os trabalhadores da iniciativa privada, os servidores públicos estão sufocados por dívidas.
Como aconteceu?
“Um dos principais fatores que contribuem para esse fenômeno é a facilidade de acesso ao crédito consignado. Os servidores públicos têm à disposição uma modalidade de empréstimo em que as parcelas são descontadas diretamente do salário, o que oferece segurança aos bancos e, consequentemente, taxas de juros mais baixas.”
No entanto, o sistema de crédito consignado pode se tornar uma armadilha, levando os servidores a acumularem dívidas além do limite legal de comprometimento de 35% do salário.
Por que é importante?
- A falta de educação financeira e a publicidade enganosa das instituições financeiras contribuem para o endividamento dos servidores.
- A falta de planejamento para a aposentadoria agrava a situação financeira dos servidores.
Diante desse quadro, é crucial fortalecer a educação financeira, regulamentar a publicidade de empréstimos e estabelecer mecanismos de controle para evitar o superendividamento dos servidores públicos.
Uma vida financeira saudável e estável para os servidores públicos é fundamental, pois são responsáveis por manter os serviços públicos essenciais para a sociedade.
Arnon Amorim é advogado especialista em Direito Bancário.
O post Perfil Brasil.
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