Miliciano mais procurado do Rio de Janeiro é transferido para prisão de segurança máxima Bangu 1
O miliciano conhecido como Zinho, que se entregou à polícia no último dia 24, foi transferido para a prisão de segurança máxima Bangu 1. Ele é considerado o criminoso mais procurado do Rio de Janeiro. Na prisão, reservada para milicianos e chefes do tráfico de drogas, Zinho está em uma cela de 6 m², onde fica isolado 24 horas por dia, sem contato com outros presos e fazendo suas refeições na própria cela. Sua cela possui uma cama de alvenaria integrada à parede, com um colchão, e uma pequena cômoda.
“Hoje, a custódia do Zinho é responsabilidade do estado. O fato de ele estar em uma cela isolada é para garantir a integridade física dele”, declarou o secretário de Segurança do Rio, Victor Santos, sobre a possibilidade de o miliciano estar correndo risco de vida.
Negociações de rendição e prisão de miliciano provocam preocupações
O miliciano Zinho e sua defesa negociaram sua rendição com a Polícia Federal por uma semana, após a Operação Batismo cumprir mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha, do partido PSD. Lucinha é considerada a “madrinha” do grupo e a articuladora política da milícia de Zinho. Fontes da Polícia Federal afirmam que o criminoso se assustou com a operação e tentou negociar sua prisão para manter os negócios e conter os danos.
Perfil de Zinho e sua participação na milícia do Rio
Zinho fazia parte da milícia que controlava a zona oeste do Rio de Janeiro e era considerado o homem de confiança de seu irmão e líder do grupo, Ecko. Ele cuidava da contabilidade e lavagem do dinheiro obtido nas atividades do grupo. Após a morte de Ecko em uma operação policial, Zinho assumiu a liderança da milícia.
O criminoso já havia sido alvo de uma missão da polícia em 2018, quando tentaram prendê-lo no Espírito Santo. Porém, ele conseguiu escapar pela mata e os agentes só conseguiram recuperar seu celular.
Outros alvos da polícia do Rio
Com a prisão de Zinho, dois grandes criminosos ainda estão na mira da polícia do Rio: Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, e Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, o Abelha. Os três foram responsabilizados pelos incêndios em massa a ônibus da cidade em outubro de 2023. Na época, o governador Cláudio Castro declarou que não descansaria enquanto os três não estivessem atrás das grades.
Tandera, aliás, é ex-integrante do grupo de Zinho. Após desentendimentos, ele decidiu se afastar do grupo e começar a disputar territórios com seus antigos aliados.
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