Manifestação contra lucros da EDP gera protestos sindicais

Cerca de 500 manifestantes realizaram uma manifestação ontem em Lisboa, exigindo uma valorização salarial em meio aos milhões de lucros da empresa energética EDP. A manifestação ocorreu em frente à sede da EDP, localizada no Parque das Nações, e contou com a presença de trabalhadores do setor energético, sindicatos e membros do Bloco de Esquerda (BE). Esta manifestação marca a retomada das greves dos trabalhadores, uma vez que as negociações com o novo secretário de Estado do Trabalho, que antes representava a empresa e bloqueou as negociações, não tiveram sucessos.

Acusações contra o Governo

O protesto teve como destaque a intervenção incisiva da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua. Ela acusou o governo de buscar dar um “jackpot” histórico à EDP através da isenção de impostos, prejudicando assim os trabalhadores. Mortágua afirmou que a empresa teve lucros milionários, enquanto os salários dos funcionários não acompanharam esse crescimento. Ela também criticou o novo secretário de Estado do Trabalho por ter representado a EDP e bloqueado as negociações antes de assumir o cargo governamental.

Posicionamento do Sindical

O Sindicato Nacional da Indústria e Energia (SINDEL) também se manifestou, chamando a postura de uma das empresas do Grupo EDP de “comportamento inqualificável”. O sindicato afirmou que a empresa tem adotado práticas de repressão e intimidação contra os trabalhadores, além de não valorizar suas contribuições e lucrar às suas custas. Essas reivindicações por melhores salários e condições de trabalho são uma resposta a essas práticas das empresas do Grupo EDP.

Resumo:

Cerca de 500 manifestantes realizaram uma manifestação em Lisboa, pedindo uma valorização salarial na EDP em meio aos lucros milionários da empresa;
A manifestação ocorreu em frente à sede da EDP no Parque das Nações;
Membros do sindicato e do Bloco de Esquerda estavam presentes;
Mariana Mortágua acusou o governo de querer dar um “jackpot” histórico à EDP através da isenção de impostos;
O Sindicato Nacional da Indústria e Energia criticou a postura da empresa do Grupo EDP, chamando-a de “comportamento inqualificável”.