Homem que atacou juíza retorna ao tribunal algemado e com máscara

O homem que atacou juíza retorna ao tribunal algemado e com máscara

O homem que se lançou sobre a juíza Mary Kay Holthus, quando ela estava prestes a sentenciá-lo na semana passada, nos Estados Unidos, compareceu novamente ao tribunal nesta segunda-feira (8), mas por razões de segurança, estava com algemas duplas, uma máscara e luvas de proteção.

Ataque filmado e viralizado

No tribunal de Las Vegas, Deobra Redden se apresentou com as mãos cobertas por luvas compridas, usando uma máscara rígida para impedir mordidas e um capuz que mal deixava ver seus olhos. O homem de 44 anos também estava cercado por vários oficiais quando chegou ao tribunal para ouvir a sentença da juíza do Tribunal Distrital do Condado de Clark, Mary Kay Holthus, a quem atacou na semana passada. A agressão foi filmada pelas câmeras de segurança do tribunal e rapidamente se espalhou pelas redes sociais em questão de horas.

Na audiência desta segunda-feira (8), Redden voltou ao tribunal para ouvir a sentença, que Holthus afirmou não ter sido alterada pelo ataque. “Quero deixar claro que não estou mudando ou modificando a sentença que estava impondo na semana passada, antes de ser interrompida pelas ações do réu”, disse a juíza.

Sentença e novas acusações

Mary Kay Holthus determinou que a condenação de Deobra Redden pode durar até quatro anos, mas há a possibilidade de liberdade condicional em 19 meses, dependendo de seu comportamento na prisão e das decisões do conselho de condicional. Durante a breve aparição no tribunal, nem o réu nem seu advogado, Caesar Almase, foram autorizados a falar.

O preso está previsto para comparecer perante um juiz diferente nesta terça-feira (9), enfrentando 15 novas acusações de crimes graves e delitos menores relacionados ao ataque no tribunal. Se condenado, ele poderá enfrentar décadas de prisão. Almase, que presenciou o ataque no tribunal, recusou-se a comentar o caso e não representará Redden na próxima audiência.

Diagnóstico e histórico criminal

A mãe adotiva do acusado e a irmã mais velha disseram aos repórteres fora do tribunal que ele havia sido diagnosticado com esquizofrenia e transtorno bipolar, embora os registros do tribunal mostrem que ele foi considerado competente para ser julgado.

O promotor distrital do condado de Clark, Steve Wolfson, disse que o histórico criminal do réu incluía condenações por três crimes e nove contravenções, a maioria envolvendo atos violentos.

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