O UBS decidiu revisar suas projeções para o início do ciclo de cortes nos juros dos Estados Unidos e agora estima que o primeiro corte do ciclo de afrouxamento aconteça só em agosto. A decisão do UBS reflete a falta de confiança com a evolução de dados sobre atividade econômica, mercado de trabalho e tendência da inflação. Autoridades do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) também estavam preocupadas com a possibilidade de o progresso da inflação estar abaixo das expectativas no mês passado. Esta revisão no calendário dos cortes de juros é importante pois indica um adiamento das ações que o Fed pode tomar para estimular a economia e combater a possibilidade de uma recessão.
UBS revisa projeções para o início do ciclo de cortes nos juros dos Estados Unidos
O UBS, um dos maiores bancos suíços, decidiu revisar suas projeções para o início do ciclo de cortes nos juros dos Estados Unidos. Anteriormente, estimava-se que o primeiro corte ocorreria em julho, mas agora o UBS estima que esse corte só acontecerá em agosto. Essa revisão se deve à falta de confiança com a evolução de dados sobre a atividade econômica, mercado de trabalho e tendência da inflação nos Estados Unidos.
A decisão do UBS é relevante, pois indica um adiamento das ações que o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, pode tomar para estimular a economia e combater a possibilidade de uma recessão. A previsão de cortes nos juros gera expectativa e pode afetar diversos setores da economia, como os mercados financeiros e imobiliários.
A preocupação do Fed com a possibilidade de o progresso da inflação estar abaixo das expectativas também é um aspecto importante dessa notícia. A inflação é um indicador-chave para as políticas monetárias de um país, e o Fed monitora de perto seu comportamento para tomar decisões sobre os juros. Essa preocupação pode indicar uma postura mais cautelosa por parte do Fed, que pode optar por adiar a redução dos juros até que tenha mais confiança na recuperação da economia.
Além disso, o monitoramento do CME Group, uma das maiores bolsas de derivativos do mundo, mostrou uma queda na chance de manutenção dos juros pelo Fed. Isso reforça a perspectiva de redução das taxas de juros nos Estados Unidos, mas a revisão do UBS indica que tal redução pode acontecer mais tarde do que se esperava anteriormente.
Ainda é importante destacar que os yields de 10 anos, uma medida dos retornos dos títulos públicos de 10 anos nos EUA, ultrapassaram 4,5% pela primeira vez desde novembro. Isso ocorreu após dados de inflação mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos. Essa alta nos yields indica uma reação dos mercados financeiros à perspectiva de redução dos juros, podendo impactar o custo de financiamento de diversas instituições e empresas.
Os dados de inflação no início deste ano também não contribuíram para a confiança do Federal Reserve em um processo desinflacionário. A inflação é um fator determinante para as políticas monetárias, e a falta de desinflação pode levar o Fed a adotar medidas para conter o aumento dos preços e garantir a estabilidade econômica.
A ata da última reunião do Federal Reserve também será divulgada essa semana e merece atenção. As minutas das reuniões do Fed fornecem informações detalhadas sobre as deliberações e o pensamento dos membros do comitê, e podem fornecer insights adicionais sobre as perspectivas para as taxas de juros nos Estados Unidos.
Em resumo:
– O UBS revisou suas projeções e estima que o primeiro corte nos juros dos EUA acontecerá em agosto, adiando as expectativas anteriores de corte em julho.
– A revisão se deve à falta de confiança com a evolução dos dados econômicos, mercado de trabalho e inflação nos Estados Unidos.
– A preocupação do Fed com a possibilidade de a inflação estar abaixo das expectativas indica uma postura mais cautelosa na redução dos juros.
– O monitoramento do CME Group mostrou queda na chance de manutenção dos juros pelo Fed, reforçando a perspectiva de redução das taxas.
– Os yields de 10 anos nos EUA ultrapassaram 4,5% pela primeira vez desde novembro, refletindo a reação dos mercados à perspectiva de redução dos juros.
– Os dados de inflação no início do ano não contribuíram para a confiança do Fed em um processo desinflacionário.
– A ata da última reunião do Fed será divulgada essa semana, fornecendo mais informações sobre as perspectivas para as taxas de juros nos EUA.
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