Os dois filhos do casal líbio-brasileiro Ahmed Hasan e Malak Treki, vítimas do “golpe da mala”, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, estão deprimidos. Segundo a defesa, as crianças, de 2 anos e meio e 1 ano e meio, estão vivendo com tios e sofrem de profunda depressão, chorando e perguntando pelos pais o tempo todo. Ahmed e Malak foram presos por tráfico internacional de drogas em novembro do ano passado.
O que aconteceu?
No dia 22 de outubro de 2022, Ahmed e Malak viajaram de São Paulo para Istambul. Desembarcaram, pegaram suas malas e deixaram o local normalmente. Alguns dias depois, foram para a Líbia. Em 19 de maio de 2023, Ahmed viajou sozinho para a Turquia e foi detido sob acusação de tráfico internacional. As malas contendo 43 kg de drogas e etiquetadas com os nomes de Ahmed e Malak haviam sido despachadas de Guarulhos no dia 26 de outubro de 2022, quatro dias após o casal deixar o Brasil. As malas foram interceptadas pela polícia turca quando ninguém as retirou da esteira do aeroporto.
Por que isso é importante?
A defesa alega que as etiquetas das malas foram trocadas durante o trajeto, resultando na apreensão das drogas com os nomes do casal. A Polícia Federal concluiu que as etiquetas de Malak foram utilizadas nas malas com a droga, enquanto ela não teve participação no tráfico. A advogada que representa o caso afirma que a prisão do casal foi baseada no fato de serem estrangeiros, mas o argumento não faz sentido, já que Ahmed estava na Turquia desde abril e não tentou fugir. A defesa responsabiliza a falta de segurança nos aeroportos do Brasil e a irresponsabilidade das companhias aéreas.
Citação:
“Eles foram vítimas da falta de segurança nos aeroportos do Brasil e da irresponsabilidade por parte das companhias aéreas.” – advogada Luna Provazio
O casal permanecerá preso provisoriamente na Turquia até a próxima audiência, agendada para 24 de janeiro.
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