Desperdício de Recursos no World Youth Day em Lisboa


Juízes criticam falta de transparência na organização da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa; 55% dos contratos foram diretos, levantando preocupações sobre gastos excessivos.

Uma auditoria do Tribunal de Contas revelou que cerca de 34,5 milhões de euros foram contratados sem concurso público para a organização da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. A auditoria criticou o fato de que a metade do investimento destinado ao evento não será aplicado no futuro. O relatório apontou falta de planejamento e sugeriu que o interesse público não foi devidamente protegido devido ao uso de contratos diretos. O Tribunal de Contas analisou um total de 432 contratos públicos realizados para receber o Papa e chamou a atenção para o excesso de adjudicações por ajuste direto, que representaram mais de metade do valor. Além disso, foi apontado que a equipe criada pelo governo para a organização do evento terá um custo de mais de 1,3 milhões de euros em dois anos e meio apenas em salários. Essas constatações ressaltam a necessidade de transparência e prestação de contas na organização de eventos de grande porte como a Jornada Mundial da Juventude.

Juízes apontam falta de planeamento e criticam contratos diretos

O relatório do Tribunal de Contas revelou que, dos 432 contratos públicos realizados para a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, mais da metade (55%) foram feitos por ajustes diretos, ou seja, sem concurso público. A auditoria considerou essa prática como excessiva e criticou a falta de planejamento na organização do evento. Os juízes do tribunal também ressaltaram que, ao utilizar contratos diretos, o interesse público pode não ter sido adequadamente protegido, uma vez que não houve a competição necessária para garantir a obtenção dos melhores serviços e preços. Essa constatação levanta questões sobre as práticas de contratação realizadas para a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.

Falta de investimento futuro na Jornada Mundial da Juventude

A auditoria do Tribunal de Contas apontou que apenas metade do investimento destinado à Jornada Mundial da Juventude em Lisboa será aplicado no futuro. Isso significa que uma parte significativa dos 34,5 milhões de euros contratados sem concurso público não terá benefícios duradouros para a cidade e para o país. Essa constatação suscita preocupações sobre a utilização dos recursos públicos na organização de eventos de grande porte, especialmente quando se trata de dinheiro público que poderia ser investido em áreas prioritárias, como saúde e educação. A auditoria destaca a importância de garantir uma gestão eficiente e responsável dos recursos destinados a eventos desse tipo.

Custo da equipe organizadora do evento

A equipe criada pelo governo para a organização da Jornada Mundial da Juventude terá um custo total de mais de 1,3 milhões de euros em dois anos e meio apenas em salários. Esse valor não inclui outras despesas relacionadas à equipe. O custo elevado levanta questões sobre a alocação de recursos públicos para a organização do evento e sobre a eficiência administrativa na gestão desses recursos. É fundamental garantir o uso responsável e transparente dos recursos públicos, especialmente em eventos de grande porte que envolvem um investimento significativo do dinheiro dos contribuintes.

Citado do relatório do Tribunal de Contas: “O excesso de adjudicações por ajuste direto sem recurso ao concurso público prejudicou a seleção do melhor fornecedor e, por conseguinte, representa um risco para a obtenção do melhor preço e qualidade dos bens e serviços.”

  • Metade do investimento da Jornada Mundial da Juventude não será aplicado no futuro.
  • Auditoria do Tribunal de Contas critica a falta de planejamento e o uso excessivo de contratos diretos.
  • Apenas 55% dos contratos realizados para o evento foram feitos por ajustes diretos.
  • A equipe organizadora do evento terá um custo de mais de 1,3 milhões de euros em salários.

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