O relatório mais recente da ONU sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi divulgado ontem (13). O Brasil aparece no 89º lugar do ranking, com 0,760. O país ocupa essa posição entre os 193 países avaliados pelo ranking da ONU, que mede o desenvolvimento humano considerando indicadores como renda, longevidade e escolaridade. Essa é a posição do Brasil no último ano da gestão Bolsonaro, mostrando uma recuperação abaixo do esperado. Foi a educação que puxou o país para baixo no ranking do indicador global. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou o relatório, que calcula o IDH, em que o aumento da desigualdade está relacionado à capacidade de resiliência dos países no enfrentamento de crises, de acordo com Maitê Gauto, da Oxfam Brasil. Apesar da dimensão continental e das riquezas do Brasil, o país demora a dar sinais de que vai subir para o grupo com IDH muito alto.
Brasil cai duas posições no ranking de desenvolvimento humano
O Brasil caiu duas posições no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas. O índice, que mede o bem-estar da população considerando indicadores de renda, longevidade e escolaridade, refletiu a recuperação global após a Covid-19, porém, de forma desigual e impactada pela polarização política. Apesar de um aumento no Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, que passou de 0,754 para 0,760 em 2022, o país ainda se encontra abaixo do esperado e não demonstra sinais de avanço para o grupo com IDH muito alto. Essa queda de posição no ranking foi influenciada principalmente pela baixa performance na área da educação, sendo esse o fator que mais afetou o IDH brasileiro segundo os especialistas. Esses resultados mostram a importância de investimentos na área da educação e resiliência para enfrentar crises e reduzir desigualdades no Brasil.
Desigualdade e resiliência dos países
O relatório da ONU analisa como o aumento da desigualdade está relacionado à capacidade de resiliência dos países no enfrentamento de crises. Segundo Maitê Gauto, da Oxfam Brasil, a desigualdade impacta diretamente a resiliência e a capacidade de recuperação dos países em momentos de crise, como a pandemia de Covid-19. Essa relação ficou evidente no caso do Brasil, que apesar de suas riquezas e dimensão continental, não conseguiu alcançar melhor posição no ranking de desenvolvimento humano. A Oxfam Brasil ressalta a importância de políticas públicas que reduzam a desigualdade e promovam a resiliência da população frente a crises, visando melhorar o desenvolvimento humano do país.
Impacto da polarização política no desenvolvimento humano
O relatório da ONU também destaca que a recuperação global após a Covid-19 foi impactada pela polarização política. Isso significa que países com cenários políticos polarizados tendem a enfrentar maiores dificuldades para superar as crises e melhorar seu desenvolvimento humano. Esse fenômeno pode ser observado no Brasil, que passou por um período de intensa polarização política nos últimos anos. Essa polarização afeta a capacidade de implementação de políticas públicas e compromete o avanço do país no ranking de desenvolvimento humano. Portanto, a superação da polarização política e a busca de consensos são essenciais para melhorar o desenvolvimento humano e reduzir as desigualdades no Brasil.
Fonte: ONU, Oxfam Brasil
Resumo:
- O Brasil ocupa o 89º lugar no ranking de desenvolvimento humano da ONU, com um IDH de 0,760.
- A queda de duas posições no ranking reflete a recuperação desigual pós-Covid-19 e o impacto da polarização política.
- A educação teve um desempenho fraco no Brasil, o que afetou o desenvolvimento humano do país.
- O aumento da desigualdade está relacionado à capacidade de resiliência dos países em crises.
- A polarização política compromete a implementação de políticas públicas e afeta o desenvolvimento humano.
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