Imagine a cena brutal: um avião transportando 45 pessoas—incluindo uma equipe de rugby e alguns amigos e familiares—cai em uma parte remota dos Andes, matando a maioria dos passageiros. Os sobreviventes ficam isolados por mais de dois meses no clima frio e hostil da região, precisando até mesmo se alimentar de carne humana para sobreviver. Essa foi a tragédia dos Andes, um evento real que chocou toda a América do Sul.
O que aconteceu?
O acidente ocorreu em 13 de outubro de 1972, quando o Voo Força Aérea Uruguaia 571 caiu nas montanhas dos Andes. A aeronave transportava 45 pessoas, incluindo o time de rugby Old Christians Club e amigos e familiares da equipe. O voo estava indo de Montevidéu, no Uruguai, para Santiago, no Chile, para uma competição contra uma equipe inglesa.
Porém, de acordo com as investigações posteriores, os pilotos acreditavam estar mais próximos do aeroporto de Pudahuel, no Chile, do que realmente estavam. Enfrentando fortes ventos, a aeronave não conseguiu ultrapassar a cordilheira dos Andes e colidiu com uma montanha.
Como os sobreviventes enfrentaram a situação?
Dos 45 passageiros, inicialmente 33 sobreviveram ao acidente. Porém, eles ficaram presos na região remota e hostil dos Andes por mais de 70 dias. Nas condições extremas de frio e com falta de alimentos e medicamentos, os sobreviventes tiveram que buscar formas de sobreviver.
As autoridades consideravam os sobreviventes como desaparecidos ou mortos, devido ao ambiente inóspito e à dificuldade de sobreviver a um acidente de avião. Sem esperanças de resgate, os sobreviventes decidiram, em um pacto coletivo, que se não resistissem, seus corpos poderiam ser usados para alimentar os outros sobreviventes.
Além disso, uma avalanche destruiu a fuselagem do avião e matou mais oito pessoas. Somente no 72º dia após o acidente, dois sobreviventes, Fernando Parrado e Roberto Canessa, decidiram partir pela serra para buscar ajuda.
Por que essa história é importante?
A tragédia dos Andes é uma história de sobrevivência extrema que chocou a América do Sul e o mundo. Através do filme “A Sociedade da Neve” e do documentário de mesmo nome, essa história ganhou visibilidade internacional. O filme aborda não apenas o aspecto do canibalismo, mas também a coragem, a amizade e a resiliência dos sobreviventes.
O diretor do filme, Juan Antonio Bayona, visitou o local do acidente e teve uma pequena ideia das condições extremas enfrentadas pelos sobreviventes. Ele destacou a generosidade e o espírito humano dos que estavam lá, dispostos a ajudar uns aos outros em uma situação desesperadora.
Em resumo, a tragédia dos Andes é um lembrete trágico da força do espírito humano e da capacidade de sobreviver em condições extremas. É uma história que nos lembra da resiliência e da solidariedade mesmo nas circunstâncias mais adversas.
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.