Um estudo sobre literacia no envelhecimento conclui que a transição digital na saúde em Portugal está a deixar para trás a população mais idosa. Realizado por investigadores da Universidade de Lisboa, o estudo revela que a falta de conhecimentos digitais entre os idosos está a impedir o acesso a serviços de saúde online e o uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) na gestão da sua saúde. Isso é preocupante, uma vez que a digitalização da saúde pode trazer benefícios significativos, especialmente no que diz respeito ao diagnóstico precoce, monitorização de doenças e apoio ao autocuidado.
Implicações da falta de literacia digital no envelhecimento
A falta de literacia digital no envelhecimento tem várias implicações negativas para a população idosa em Portugal. Com o avanço da tecnologia, cada vez mais serviços de saúde estão a ser disponibilizados online, desde consultas médicas virtuais até a capacidade de monitorizar os sinais vitais em casa. No entanto, muitos idosos não têm a capacidade de aceder a esses serviços devido à sua falta de conhecimentos digitais. Essa exclusão digital pode levar a uma lacuna no acesso a cuidados de saúde adequados para a população idosa, resultando em problemas de saúde mal geridos ou não detetados atempadamente.
Impacto na saúde mental
A exclusão digital na população idosa também pode ter um impacto significativo na saúde mental. Com a pandemia de COVID-19, muitos idosos foram instruídos a ficar em casa e evitar o contacto físico com outras pessoas para se protegerem. Issoos impediu de participar de atividades sociais e eventos comunitários que antes ajudavam a combater a solidão e a depressão. A falta de habilidades digitais e acesso à tecnologia pode intensificar ainda mais o isolamento social e a deterioração da saúde mental dos idosos.
Importância da pesquisa e intervenção
Este estudo destaca a necessidade de mais pesquisa e intervenção no campo da literacia digital no envelhecimento em Portugal. É crucial que as autoridades de saúde e instituições académicas colaborem para desenvolver programas de literacia digital direcionados especificamente para a população idosa. Além disso, é necessário criar estruturas de apoio que facilitem o acesso dos idosos às tecnologias digitais e forneçam treinamento adequado para utilização dessas ferramentas.
- O estudo revela que a transição digital na saúde em Portugal está a deixar para trás a população mais idosa;
- A falta de literacia digital entre os idosos está a impedir o acesso a serviços de saúde online;
- A exclusão digital pode levar a uma lacuna no acesso a cuidados de saúde adequados e problemas de saúde mal geridos ou não detetados atempadamente;
- A falta de habilidades digitais e acesso à tecnologia pode intensificar o isolamento social e a deterioração da saúde mental dos idosos;
- É necessária mais pesquisa e intervenção para desenvolver programas de literacia digital direcionados para a população idosa em Portugal.
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