“Bugios-ruivos reintroduzidos no Parque Nacional da Tijuca”


Grupo de sete bugios-ruivos reintroduzidos no Parque Nacional da Tijuca, RJ. Importante para diversidade genética da espécie na área de conservação. Novas reintroduções planejadas.
Grupo de sete bugios-ruivos reintroduzidos no Parque Nacional da Tijuca, RJ. Importante para diversidade genética da espécie na área de conservação. Novas reintroduções planejadas.

Grupo de sete bugios-ruivos é reintroduzido no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro

Na terça-feira (2), um grupo de sete bugios-ruivos (Alouatta guariba) foi solto no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Essa é a segunda reintrodução da espécie no local, como parte de um projeto iniciado em 2015.

O bugio-ruivo e sua relação com o Parque Nacional da Tijuca

Os bugios-ruivos eram nativos do Parque Nacional da Tijuca, que é uma área de conservação federal e uma das duas grandes regiões de Mata Atlântica no Rio de Janeiro. No entanto, eles estavam extintos no local há aproximadamente 200 anos.

A reintrodução dos bugios-ruivos no parque

Em 2015, um casal de bugios-ruivos foi solto no parque, e eles se reproduziram, dando origem à população atual, que atualmente conta com oito animais. O novo grupo, que veio do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), é composto por um macho e seis fêmeas, com idades entre oito meses e 15 anos.

A importância da reintrodução para a diversidade genética

A expectativa é que esse novo grupo interaja com a família que já vive no parque e ajude a garantir a diversidade genética da espécie no local. De acordo com a veterinária Silvia Bahadian Moreira, do CPRJ, a reintrodução desse novo grupo praticamente dobra o patrimônio genético da população, aumentando significativamente as chances de sua manutenção e crescimento.

Desafios anteriores para a reintrodução

No passado, o projeto de reintrodução de bugios teve que ser interrompido em 2017 devido a uma epidemia de febre amarela entre os primatas. Em 2020, os bugios já estavam vacinados contra a febre amarela e prontos para a soltura, mas a pandemia de COVID-19 adiou mais uma vez o projeto.

Novas reintroduções planejadas

Segundo o biólogo Marcelo Rheingantz, do projeto Refauna e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está prevista a reintrodução de mais animais no futuro. A meta é aumentar a população de bugios na floresta para 100 indivíduos a fim de estabelecer uma população estável a longo prazo.

O projeto Refauna e suas ações de reintrodução

As solturas de primatas fazem parte do projeto Refauna, iniciado em 2009, com o objetivo de ampliar a população da floresta da Tijuca. Além dos bugios, também já foram reintroduzidas no parque cutias-vermelhas, jabutis-tinga e pássaros trinca-ferro. A iniciativa busca reconstruir a fauna e as interações ecológicas dentro do ecossistema, incluindo a dispersão de sementes e a polinização.

Fonte: Perfil Brasil

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