Aumento de Resgates nas Praias do Rio de Janeiro


Aumento nos resgates nas praias do Rio de Janeiro preocupa bombeiros. Turistas, ondas fortes e correntes de retorno são apontados como principais causas. Cuidados com crianças também são destacados.
Aumento nos resgates nas praias do Rio de Janeiro preocupa bombeiros. Turistas, ondas fortes e correntes de retorno são apontados como principais causas. Cuidados com crianças também são destacados.

Aumenta o número de resgates feitos pelos bombeiros nas praias do Rio de Janeiro

O Corpo de Bombeiros registrou um aumento significativo no número de resgates nas praias do Rio de Janeiro neste início de ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre o dia 1º e esta terça-feira (9), foram realizados 2.404 salvamentos, totalizando 107.417 prevenções. No ano passado, foram 528 salvamentos e 44.011 prevenções.

O major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio, atribui esse aumento no atendimento ao crescente número de turistas e banhistas locais nas praias do estado. Além disso, ele destacou que o mar está frequentemente agitado, com ondulações mais fortes e ventos intensos que favorecem a formação de correntes de retorno, um grande risco para os banhistas.

O major alertou para alguns perigos que os banhistas devem estar atentos e fez recomendações, como ficar sempre próximo a um posto de salva-vidas e respeitar as cores das bandeiras. “Se há bandeira vermelha, não entre no mar, ali vai ter uma corrente de retorno, vai ter um vale. Dê preferência à bandeira verde e, em último caso, à bandeira amarela para o seu banho de mar”, orientou.

Outra recomendação do major Contreiras é não entrar no mar após consumir bebidas alcoólicas. Ele também alertou sobre o perigo de tomar banho de mar à noite.

No último domingo (7), os bombeiros realizaram o resgate de dois jovens que acabaram morrendo. Um deles, Igor de Abreu, de 21 anos, veio de Juiz de Fora com amigos para passar o dia no Rio. Ele se afogou na Praia de Grumari, foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio, mas não resistiu. No outro caso, Igor Manuel mergulhou com amigos perto do posto 6 da Praia da Barra da Tijuca e foi arrastado por uma corrente causada por ondas fortes. Ambos os incidentes ocorreram na zona oeste da cidade.

Cuidados com as crianças

As crianças também requerem atenção especial. “Se estiver com uma criança, coloque uma pulseira com o nome e telefone do responsável. Se entrar no mar, mantenha-se a uma distância máxima de um braço dela, para que ela não seja pega de surpresa por uma onda”, indicou o major Contreiras.

Os dados do Corpo de Bombeiros mostram que houve uma queda no número de crianças perdidas por seus pais ou responsáveis neste início de ano. Em 2023, foram registradas 166 crianças perdidas e um total de 528 resgates em 44.011 prevenções. Agora, em 2024, entre o dia 1º até hoje, foram 143 crianças perdidas, 2.407 resgatadas em 108.663 prevenções.

Um dos casos de crianças perdidas neste ano é o do menino Edson Davi, de 6 anos, que desapareceu na quinta-feira (4) próximo à barraca que seus pais possuem na Praia da Barra da Tijuca. Desesperada, a família aguarda pelo retorno da criança. As investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), sobre o desaparecimento do menino, contam com imagens das câmeras fornecidas pelo Centro de Operações do Rio (COR), que estão instaladas entre os postos 3 e 5 da praia.

“O Corpo de Bombeiros do Rio continua nas buscas pelo menino Davi. Estamos utilizando recursos em terra, ar e mar, com helicópteros, drones, embarcações com sonar e motos aquáticas, além do trabalho em terra com quadriciclos, guarda-vidas e mergulhadores. Já percorremos mais de 18 quilômetros de costa desde a Barra da Tijuca. As buscas estão sendo realizadas durante a manhã, tarde, noite e madrugada. Não há previsão para o término das buscas”, afirmou.

O artigo acima foi publicado originalmente no site Perfil Brasil.

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