Oruam, filho de Marcinho da VP, faz homenagem durante show no Lollapalooza
No último domingo (24), o rapper Oruam fez uma performance no festival Lollapalooza em São Paulo e chamou a atenção devido à sua vestimenta. Ele estava usando uma camiseta com a estampa de Marcinho da VP, seu pai e líder do tráfico no Rio de Janeiro, junto com um apelo pela liberdade. Marcinho da VP está detido há quase 30 anos, sendo os últimos 14 na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.
O caso polêmico e a justificativa do rapper
Em 1º de março deste ano, Oruam já havia causado controvérsia ao usar uma camiseta semelhante durante a comemoração de seu aniversário, quando realizou um passeio de moto por várias regiões do Rio de Janeiro. Nas redes sociais, ele explicou que a ação foi “apenas um grito de um filho com saudades do pai”.
Oruam: “Só estou ouvindo um grito de um filho que está com saudade do pai. Não sou terrorista, nem traficante, nem coronel, nem nada disso.”
Quem é Marcinho da VP e seu histórico criminal
Marcinho da VP, oriundo de Vigário Geral e criado em São João de Meriti, iniciou sua trajetória criminosa com roubos aos 13 anos. Gradualmente, tornou-se líder do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e teve conexões políticas controversas. Ele foi preso em 1996 por tráfico de drogas e homicídios, acumulando um total de 44 anos de condenação.
Tempo de prisão e crimes de Marcinho da VP
Desde sua prisão em 1996, Marcinho da VP passou mais tempo atrás das grades do que em liberdade, tornando-se um dos principais líderes do Comando Vermelho. Suas condenações incluem tráfico de drogas e assassinatos, como o estrangulamento de Márcio Amaro de Oliveira, encontrado em uma lata de lixo em Bangu 3, devido à revelação de informações sobre o crime organizado no Rio de Janeiro.
Importância do caso e repercussão social
O gesto de Oruam durante o Lollapalooza despertou debates sobre a relação entre arte e criminalidade, chamando atenção para a realidade de muitos jovens que crescem com familiares envolvidos em atividades ilegais. A discussão liderada pelo rapper coloca em pauta questões complexas sobre memória, saudade e a influência do passado familiar.
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