China: Congresso do Povo aborda política do filho único

Menos nascimentos levaram à diminuição em dois milhões do número de pessoas, no ano passado. De 2016, quando Pequim eliminou a política do filho único implementada em 1979, até 2020, a China vem enfrentando uma queda no número de nascimentos. Segundo um relatório apresentado pelo Chefe do Departamento Nacional de Estatística da China, Ning Jizhe, durante a sessão anual do Congresso Nacional do Povo, o país registrou 12 milhões de nascimentos em 2020, representando uma queda de 18% em relação ao ano anterior. Essa diminuição resultou em um déficit de dois milhões de pessoas em relação a 2019.

Envelhecimento da população:

O declínio na taxa de natalidade na China tem causado preocupação com o rápido envelhecimento da população. Segundo Lu Jiehua, pesquisador da Escola de Sociologia e População da Universidade de Pequim, o país está enfrentando um envelhecimento populacional acelerado. Até o final de 2023, estima-se que o número de chineses com idade superior a 60 anos atingirá 297 milhões, representando 21,1% da população total.

Motivos e consequências:

O declínio na taxa de natalidade na China pode ser atribuído a uma combinação de fatores. Alguns especialistas apontam que a política do filho único desencorajou os casais a terem mais de um filho, criando uma mentalidade de famílias menores. Além disso, o aumento dos custos de moradia, educação e cuidados infantis também influenciaram na decisão dos casais de terem menos filhos.

As consequências desse declínio populacional são significativas para a China. A mão de obra está em declínio, o que pode ter um impacto negativo no crescimento econômico e no sistema de previdência social do país. Além disso, o envelhecimento da população aumenta a demanda por serviços de saúde e cuidados de longo prazo, o que pode sobrecarregar o sistema de saúde.

Conclusão:

“O declínio na taxa de natalidade na China é um desafio que o governo precisa enfrentar. Serão necessárias medidas para incentivar os casais a terem mais filhos, além de políticas voltadas para o cuidado e suporte aos idosos. O envelhecimento populacional é uma questão complexa, mas é importante abordá-la de maneira adequada para garantir um futuro sustentável para o país.”, afirmou Lu Jiehua.

O número de nascimentos na China caiu 18% em 2020, totalizando 12 milhões.
Desde a eliminação da política do filho único em 2016, o país vem enfrentando um declínio na taxa de natalidade.
Estima-se que até o final de 2023, 21,1% da população chinesa terá idade superior a 60 anos.
A queda na taxa de natalidade pode ser atribuída à política de filho único e ao aumento dos custos de vida.
O envelhecimento da população pode afetar negativamente a economia e o sistema de previdência social do país.
Medidas serão necessárias para incentivar os casais a terem mais filhos e para oferecer apoio aos idosos.