Presidiários promovem reabilitação em todo Brasil com animais


Presos cuidam de cães e gatos em presídios pelo Brasil. Projeto inovador busca ressocialização e qualificação técnica, reduzindo reincidência criminal e promovendo a paz social.
Presos cuidam de cães e gatos em presídios pelo Brasil. Projeto inovador busca ressocialização e qualificação técnica, reduzindo reincidência criminal e promovendo a paz social.

Oportunidade de ressocialização em presídios: presos poderão cuidar de cães e gatos em todo o Brasil

Uma iniciativa pioneira implementada em Taubaté (SP) em 2019, que permitia a criação de espaços para cães e gatos em penitenciárias brasileiras, poderá ser ampliada para todo o território nacional.

O que aconteceu?

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária emitiu uma resolução autorizando a instalação de canis e gatis em presídios para animais resgatados das ruas ou vítimas de maus-tratos, buscando a ressocialização e qualificação técnica dos detentos.

Onde ocorreu?

O projeto de canis e gatis foi inicialmente implementado em Taubaté, com canis na Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra e um gatil no Centro de Detenção Provisória Dr. Félix Nobre de Campos.

Como ocorreu?

Os presos que cuidam dos animais recebem remuneração e podem ter suas penas reduzidas, além de obter certificados de cursos técnicos. Eles passam por treinamentos de banho e tosa, aprendendo técnicas de cuidado e higiene dos animais.

Por que é importante?

Segundo o presidente do Conselho, Douglas de Melo Martins, o projeto visa aumentar a empregabilidade dos detentos, preparando-os para a reintegração no mercado de trabalho e contribuindo para a redução da reincidência criminal.

“O trabalho do condenado é um dever social, condição de dignidade humana, de finalidade educativa e produtiva”, afirmou Douglas de Melo Martins.

Além disso, a iniciativa busca desenvolver a afetividade entre os presos e os animais, contribuindo para a humanização do sistema penal e a construção da paz social.

Resumo do projeto em Taubaté:

  • No centro de controles de Zoonoses da cidade
  • Proporciona ressocialização dos internos
  • Canil com capacidade para 200 cães
  • Gatil para 80 gatos
  • Detentos passam por cursos de banho e tosa
  • Animais vacinados, vermifugados, castrados e disponíveis para adoção

“A troca positiva entre os reeducandos e os animais é muito grande. Os presos estão mais afetuosos e até mesmo os que não estão diretamente envolvidos no projeto demonstram afeto pelos animais”, afirmou o diretor do CDP de Taubaté, Claudio José do Nascimento Brás.

Com a publicação da decisão no Diário Oficial da União, o projeto de Taubaté foi reconhecido por consolidar ferramentas de ressocialização, humanização do sistema penitenciário e desenvolvimento da afetividade, visando contribuir para a paz social.

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