“Cartão azul: nova regra no futebol divide opiniões”


IFAB vai testar o cartão azul no futebol, suspendendo jogadores por dez minutos e, com dois cartões azuis, expulsando-os. Outras mudanças também serão discutidas. Fonte: The Telegraph.
IFAB vai testar o cartão azul no futebol, suspendendo jogadores por dez minutos e, com dois cartões azuis, expulsando-os. Outras mudanças também serão discutidas. Fonte: The Telegraph.

A International Football Association Board (IFAB), órgão responsável por estabelecer as regras do futebol, está discutindo a introdução de um novo cartão no esporte. Além dos tradicionais cartões amarelo e vermelho, a entidade pretende testar o cartão azul.

Quando e como o cartão azul será utilizado?

De acordo com o jornal inglês The Telegraph, o jogador que receber um cartão azul será suspenso da partida por dez minutos. Com dois cartões azuis, o atleta será expulso. A previsão é de que a IFAB inicie os testes da nova funcionalidade na próxima temporada europeia. Segundo a reportagem, a Football Association (FA) se voluntariou para aplicar a regra na próxima FA Cup.

O cartão azul será utilizado em duas ocasiões: quando houver uma falta técnica que impeça um ataque promissor, como um defensor impedindo um contra-ataque com uma falta no meio-campo; e quando jogadores realizarem reclamações excessivas à equipe de arbitragem.

Se um jogador receber um cartão amarelo e um azul, em qualquer ordem, será automaticamente expulso com um cartão vermelho.

Outras mudanças propostas

Além da introdução do cartão azul, outra mudança proposta é que apenas os capitães das equipes possam se comunicar com o árbitro, uma regra semelhante ao rugby. Essas ideias serão discutidas na próxima reunião anual da IFAB, em 2 de março.

A história dos cartões no futebol

Os famosos cartões amarelo e vermelho foram utilizados pela primeira vez na Copa do Mundo de 1970, no México, após um incidente ocorrido na edição anterior, em 1966. Naquele ano, durante uma partida entre Inglaterra e Argentina, o capitão argentino Rattín protestou contra uma falta marcada pelo árbitro alemão Rudolf Kreitlein. Como ninguém conseguia se entender, o árbitro decidiu expulsá-lo apontando com o dedo para fora do campo.

Rattín não aceitou a decisão e chegou a pedir um tradutor para se comunicar. A tensão aumentou quando Rattín sentou-se na cadeira reservada para a rainha Elizabeth II, que não compareceu ao jogo.

Diante disso, o chefe de arbitragem em 1970, Ken Aston, começou a buscar uma solução. Ao chegar ao país-sede da Copa do Mundo, Aston percebeu nos semáforos os sinais universais de atenção e parada: amarelo e vermelho. Assim surgiram os cartões amarelo, para advertir o jogador, e vermelho, para expulsá-lo da partida.

Fonte: The Telegraph

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