Crise no Equador: Narcotraficantes intensificam atos violentos

Aumenta a tensão no Equador devido à escalada de atos violentos praticados por narcotraficantes

O Equador está enfrentando um momento de grande tensão devido a uma série de atos violentos praticados por narcotraficantes, o que tem sido classificado como uma crise de segurança. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, decretou estado de exceção e afirmou que o país está vivendo um conflito armado interno. As forças militares têm autorização para intervir contra as facções criminosas, agora consideradas organizações terroristas, e realizar operações para “neutralizar” suas atividades, respeitando os direitos humanos.

Fugas de prisioneiros e estado de exceção

A tensão aumentou quando o líder da facção Los Choneros, Adolfo Macias, conhecido como “Fito”, escapou da prisão na segunda-feira. Ele cumpria uma pena de 34 anos. Em resposta, o presidente decretou estado de exceção em todo o país. Um dia depois, outro criminoso perigoso, Fabricio Colón Pico, um dos líderes do grupo de narcotráfico Los Lobos, também fugiu. Ele havia sido preso na sexta-feira passada por sequestro e suposto planejamento do assassinato da procuradora-geral do Equador.

O estado de exceção terá duração de 60 dias e um toque de recolher entre as 23h e 5h foi imposto em todo o país. Estações de metrô de Quito e a sede da presidência estão com segurança reforçada.

Invasão a uma rede de televisão

O mundo ficou chocado com as imagens divulgadas na noite de terça-feira, que mostram traficantes armados fazendo reféns jornalistas e funcionários da TC Televisión durante uma transmissão ao vivo em Guayaquil, a maior cidade do país.

A polícia conseguiu deter os criminosos e a maioria dos funcionários foi libertada. Roberto Izurieta Canova, secretário-geral de Comunicações da Presidência, informou pelas redes sociais que o objetivo principal é proteger a vida dos funcionários que ainda estão nas instalações.

Essa crise de segurança no Equador chamou a atenção internacional, pois evidencia a atuação cada vez mais audaciosa dos narcotraficantes e a necessidade de uma resposta eficiente do governo para combater esses crimes.