ICMBio lança guia de eutanásia para mamíferos aquáticos encalhados

O Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou um guia com procedimentos de eutanásia para mamíferos aquáticos encalhados no litoral e rios brasileiros. O objetivo é reduzir o sofrimento desses animais quando não é possível realizar o resgate.

O que é o guia?

O guia, chamado de “Bem-Estar Animal: Guia Remab de Eutanásia de Cetáceos e Sirênios – Redução do Sofrimento Animal”, foi elaborado pelo ICMBio em conjunto com a Rede de Encalhes e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil (Remab). O documento tem como público-alvo instituições, pesquisadores e profissionais que atuam no resgate de mamíferos aquáticos em todo o litoral do Brasil e na região Amazônica.

Por que é importante?

A iniciativa é importante devido à grande diversidade de mamíferos aquáticos presentes no Brasil, incluindo espécies de cetáceos, como golfinhos e baleias, e espécies de sirênios, como o peixe-boi-marinho e o peixe-boi-amazônico. O guia visa contribuir para a compreensão de como agir quando o bem-estar desses animais encalhados está comprometido de forma irreversível e em sofrimento.

Como a eutanásia deve ser realizada?

O guia explica que a eutanásia só pode ser realizada por médicos-veterinários registrados e qualificados. A ação deve ser conduzida de forma humanitária e sem riscos para a equipe. Entre os métodos apresentados estão o uso de métodos químicos, como sedativos e anestésicos, e métodos físicos, como o uso de armas de fogo. O guia também ressalta a importância de obter permissão dos órgãos responsáveis antes de realizar a eutanásia.

O que fazer após o procedimento?

Após a realização da eutanásia, é obrigatória a confirmação da morte do animal antes do descarte da carcaça ou do procedimento de necropsia. O guia recomenda medidas adequadas de descarte, como o enterro na praia, o enterro em aterros sanitários, a eliminação no mar, a incineração e a compostagem. Essas medidas são necessárias para prevenir a contaminação ambiental.

Fonte: Perfil Brasil