Um cortejo tradicional que ocorre todos os anos no dia 29 de dezembro faz parte do calendário da cidade do Rio de Janeiro. Cariocas adeptos de religiões de matriz africana se reúnem na Festa de Iemanjá do Mercadão de Madureira e seguem juntos para a Praia de Copacabana, onde lançam barquinhos com oferendas ao mar. A festa, que acontece desde 2002, foi declarada Patrimônio Cultural Carioca em 2011 e é o cortejo que mais movimenta religiosos em direção à praia.
O que é a Festa de Iemanjá do Mercadão de Madureira?
A Festa de Iemanjá do Mercadão de Madureira é um cortejo que reúne cariocas adeptos de religiões de matriz africana no dia 29 de dezembro. No cortejo, os participantes carregam barquinhos com oferendas em direção à Praia de Copacabana.
O que é Iemanjá?
Iemanjá é um orixá feminino muito popular nas religiões de matriz africana, como a Umbanda e o Candomblé. Considerada uma divindade protetora e mãe de vários orixás, é comum que as praias brasileiras recebam oferendas em agradecimento a ela.
Como se iniciou a tradição do réveillon em Copacabana?
A relação entre a Umbanda e o réveillon carioca começou na década de 1950, quando Tata Tancredo estimulou a ocupação das praias pelos umbandistas na noite do dia 31 de dezembro. A tradição se expandiu para outros bairros do Rio de Janeiro e até mesmo para outros estados do Brasil.
Por que a Umbanda se afastou da festa?
Com o passar dos anos, o réveillon em Copacabana começou a ser espetacularizado e comercializado, afastando os umbandistas. A festa atualmente é focada na queima de fogos de artifício e nos shows, enquanto as práticas umbandistas foram deixadas de lado.
Qual é a importância histórica da Festa de Iemanjá do Mercadão de Madureira?
A Festa de Iemanjá do Mercadão de Madureira tem um papel importante na história do réveillon carioca, já que foi a partir das práticas dos adeptos de religiões de matriz africana que a festa se desenvolveu. O evento também fortaleceu a umbanda e suas redes de proteção social diante da perseguição.
“Os moradores mais velhos do Rio de Janeiro têm uma memória afetiva com esse evento” – Ivanir dos Santos
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