Comportamento de preços dos alimentos ajuda a controlar inflação em 2023


Com comportamento dos preços dos alimentos e política monetária, inflação fecha ano em 4,72%, menor dos últimos três anos. Expectativa é que continue controlada em 2024.
Com comportamento dos preços dos alimentos e política monetária, inflação fecha ano em 4,72%, menor dos últimos três anos. Expectativa é que continue controlada em 2024.

O comportamento dos preços dos alimentos e a política monetária, que impôs juros altos na economia em 2023, foram fatores que ajudaram a inflação ficar controlada neste ano que termina. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), tido como a prévia da inflação oficial do país, fechou 2023 em 4,72%, o menor resultado dos últimos três anos. O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Comportamento dos preços dos alimentos e da política monetária

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) fechou 2023 em 4,72%, o menor resultado dos últimos três anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o comportamento dos preços dos alimentos e a política monetária com juros altos foram fatores que ajudaram a controlar a inflação neste ano.

Tendências

O economista Gilberto Braga destaca que, apesar dos grupos de preços que ainda pressionam os índices, como os aluguéis, os preços dos alimentos, de uma forma geral, vêm caindo, o que contrabalança de maneira positiva as pressões de aumento. A tendência é que esse comportamento dos preços continue e a inflação tenda a cair em 2024.

No entanto, há riscos externos que podem impactar a inflação no próximo ano, como os conflitos bélicos da Rússia e Oriente Médio. Apesar dessas ameaças, a expectativa é positiva para 2024.

Influência das commodities

Os preços das commodities agrícolas e minerais, negociadas com preços internacionais, foram um elemento que ajudou a moldar a inflação de 2023. As safras de grãos no Brasil e em outros países produtores foram muito boas, resultando em quedas significativas nos preços ao produtor. Esse comportamento contribuiu para compensar o período de aumentos agudos causado pela pandemia.

Cenário para 2024

Apesar dos desafios, a expectativa é que a inflação continue controlada em 2024, permitindo quedas na taxa básica de juros. O economista André Braz estima que o IPCA fechando o próximo ano esteja por volta de 4%. No entanto, fatores como os conflitos internacionais e o fenômeno climático El Niño podem impactar os preços ao produtor e ao consumidor.

Política fiscal e juros

A política fiscal do governo e a taxa básica de juros foram aspectos importantes no controle da inflação em 2023. O economista André Braz acredita que o Banco Central terá condições de continuar cortando a taxa de juros, mesmo diante dos desafios, e estima que a taxa Selic termine o próximo ano em torno de 9%.

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