O novo presidente da Argentina, Javier Milei, assinou um decreto de desregulação econômica que revoga mais de 300 normas. O decreto entrou em vigor nesta quinta-feira (21) e traz medidas importantes, como a revogação da lei do arrendamento e da lei da oferta, além da desregulamentação do serviço de internet via satélite e da medicina privada. A intenção do presidente é reduzir a crise econômica que o país enfrenta.
O cenário da crise
A Argentina está enfrentando uma das piores crises econômicas de sua história recente, com 40% da população vivendo na pobreza e uma inflação anual de mais de 140%. Milei anunciou que o corte nos gastos públicos será equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Objetivos do decreto
Segundo o porta-voz do governo argentino, Manuel Ardoni, o objetivo principal do pacote de medidas é evitar uma catástrofe ainda maior. Ele afirmou que o governo entende a gravidade da situação e reconhece o potencial de agravamento do cenário econômico. As medidas visam estabilizar a economia nacional e promover mudanças na política cambial e monetária, incluindo a reorganização do Banco Central.
Reações e opiniões
A oposição argentina criticou o decreto de Milei, acusando-o de atacar os direitos sociais e favorecer os mais ricos. O líder da oposição, Alberto Fernández, afirmou que o decreto aumentará a desigualdade e a pobreza no país.
Por outro lado, o setor empresarial comemorou a medida, destacando que ela vai liberar o mercado e impulsionar o crescimento econômico. O presidente da Câmara de Comércio da Argentina, Daniel Funes de Rioja, afirmou que o decreto é um passo importante na direção certa, beneficiando as empresas e os consumidores, ao reduzir os custos e a burocracia.
Análise dos especialistas
Especialistas apontam que o decreto de Milei é uma medida radical que terá um impacto significativo na economia argentina. A revogação da lei do arrendamento, por exemplo, pode resultar em um aumento nos preços dos aluguéis e encarecer o custo de moradia.
A revogação da regulamentação que impede a privatização de empresas públicas também pode prejudicar a qualidade dos serviços públicos, uma vez que empresas privadas podem priorizar o lucro em detrimento da qualidade.
Por outro lado, o decreto pode reduzir a burocracia e os custos para as empresas, estimulando o investimento e o crescimento econômico.
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